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Quando a criatura se resolve por diluir o véu da ignorância, que encobre a realidade da vida espiritual, começa a libertar-se da mais grave cegueira, que é a propiciada pela vontade.
Cegos não são apenas aqueles que deixaram de enxergar; senão todos quantos se recusam a ver, sendo piores os que fogem das evidências a fim de permanecerem na escuridão.
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A vida, por sua própria gênese, é de origem metafísica, possuindo as raízes poderosamente fincadas no mundo transcendental, que é o causal. Expressando-se na condensação da energia, que se apresenta em forma objetiva, não perde o seu caráter espiritual; elo contrário, vitaliza-se por seu intermédio.
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Quando a consciência acorda e as interrogações surgem, aguardando respostas, as contingências do prazer fugaz e sem sentido cedem lugar a necessidades legítimas, que são as responsáveis pela estruturação do ser profundo, portanto, imortal.
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Simultaneamente, os valores éticos se alteram, surgindo novos conceitos e aspirações em favor dos bens duradouros, que são indestrutíveis, e passíveis de incessantes transformações para melhor, na criatura.
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Desperta-se-lhe então a responsabilidade, e a visão otimista do progresso assenhoreia-se de sua mente, estimulando-a a crescer sem cessar. A sensibilidade se lhe aprimora e seu campo de emoções alarga-se, enriquecendo-se de sentimentos nobres, que superam as antigas manifestações inferiores, tais o azedume, a raiva, o ressentimento, a amargura, a insatisfação...
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Porque suas metas são mediatas, a confiança aumenta em torno da Divindade e as realizações fazem-se primorosas, conquistando sabedoria e amor, de que se exorna a fim de sentir-se feliz.
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Quando a criatura se encontra com a realidade espiritual, toda uma revolução se lhe opera no mundo interior.
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Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se afável.
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Tranqüiliza-se ante quaisquer acontecimentos, mesmo os mais desgastantes, porque sabe das causalidades que elucidam todos os efeitos.
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Nunca desanima, porque suas realizações não aguardam apoio ou recompensas imediatas.
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Identifica no serviço do bem os instrumentos para conseguir a perfeita afinidade com o amor, e doa-se.
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Na meditação em torno dos desafios existenciais ilumina-se, crescendo interiormente, sem perigo de retrocesso ou parada.
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Descobre no século os motivos próprios para a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se conta que viver, no mundo, é aprender sempre, utilizando com propriedade cada minuto e acontecimento do cotidiano.
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Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa, de cada experiência retirando lições que incorpora às aquisições permanentes.
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Acalma as ansiedades do sentimento, por compreender que tudo tem seu momento próprio para acontece; e somente sucede aquilo que se encontra incurso no processo da evolução.
Aprende a silenciar, eliminando palavras excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio mental, produz o silêncio mais importante.
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Solidário em todas as circunstâncias, não se precipita, nem recua.
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Conquista a paz e torna-se irmão de todos.
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Quando a criatura compreende que se encontra na Terra em trânsito, realizando um programa que se estenderá além do corpo, na vida espiritual, realiza o auto-encontro, e, mesmo quando experimenta o fenômeno da morte, defronta a vida sem sofrer qualquer perturbação ou surpresa, mergulhando na Amorosa Consciência Cósmica.
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Certamente, pensando em tal realidade, propôs Jesus. - Busca primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e tudo mais te será acrescentado.
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Despertar para a vida é imperativo de urgência, que não podes desconsiderar.
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Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.
Todos os créditos ao Autor acima.
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