quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ciúme

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O ciúme é cruel como a sepultura.
(REI SALOMÃO)
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O ciúme é um sentimento natural quando acompanhado de atitudes que visam preservar o objeto de amor. Quando existe dessa maneira, ele é um elogio ao parceiro. 
Mas muitas pessoas deturpam esse comportamento com uma série de elementos mesquinhos, de manipulação do outro, de possessividade e de alienação.
Quando uma relação se inicia, toda a energia despertada por ela, inevitavelmente, leva os parceiros às alturas.
 Por si só, é um elogio revigorante às duas pessoas envolvidas, que se sentem e se tornam mais belas e atraentes quando estão amando.
Depois de certo tempo de relacionamento, delineia-se melhor o perfil daquele ciúme e se descobre se de fato era um elogio ou uma armadilha. 
Quando as pessoas não sabem caminhar juntas, geralmente iniciam um jogo de poder para ver quem manda mais. 
Instala-se então uma gangorra na relação: um fica em cima e o outro embaixo e, para subir, geralmente o que está embaixo acaba convidando o outro, através de variados estímulos, a descer. 
É nessa gangorra que o ciúme se fortalece.
O ciúme pode ser projetado em uma pessoa quando a admiramos ou quando nos criticamos, baixando nossa auto-estima.
 E, dessa forma, estabelecemos um relacionamento inferior/superior com o parceiro.
O ciúme é a manifestação de uma pessoa que se sente inferior e quer controlar a pessoa amada. 
Porém, principalmente, o ciumento é um preguiçoso, pois, em vez de evoluir, para ficar à altura da pessoa querida,pr cura o caminho mais curto (para ele): diminuir o outro e, assim, manipulá-lo.
O importante é a observação de que, na maioria das vezes, por trás de uma manifestação de ciúme há um apelo para o amor. 
E, dependendo da compreensão de cada um, poderá ocorrer o crescimento ou o fracionamento da relação.
O ciúme, em geral, nasce da percepção de que não se é tudo para o outro.
 Existe, é claro, o lado real da história, uma realidade a ser aceita, de que ninguém pode mesmo preencher completamente as necessidades do outro. 
Por outro lado, devemos ter o cuidado de não menosprezar a relação pelo fato de ela não nos preencher totalmente.
Uma medida importante para evitar o ciúme desnecessário e doentio é o casal fazer um acordo amoroso sobre as coisas que vão ser exclusivas entre eles, e que as partes cumpram os compromissos
assumidos.
Algumas pessoas sentem-se desprotegidas se o outro não expressa o medo de perdê-las. 
Então, muitas vezes, o parceiro começa a manifestar ciúme somente para deixá-las satisfeitas.
 No entanto, fingir algo que não sente cria uma dose de insegurança em relação à veracidade do seu
sentimento.
Muitas vezes, dá-se o nome de ciúme a uma sensação que é apenas tristeza por se sentir preterido, por se perderem as esperanças de continuar com o ser amado.
Na verdade, o ciúme é negativo, nasce do apego ao outro como se ele fosse um objeto.
 Geralmente, as pessoas ciumentas sentem-se mal se alguém usa algum objeto seu ou se um amigo escolhe viajar com outra pessoa. 
O ciumento trata o ser amado como se ele fosse um objeto de sua propriedade. 
Ninguém pode compartilhá-lo.
É inegável que todos nós, em algum momento da vida, e em graus diferentes, experimentamos a sensação de ciúme.
 O que mais importa não é tanto se esse sentimento tem a ver com a realidade ou não, mas o que fazemos com ele. 
Ficar se consumindo de ciúme corrói o relacionamento.
O mais indicado e eficaz é declará-lo abertamente à pessoa amada.
 Dizer-lhe que está com ciúme e pedir-lhe que não repita determinadas condutas que o machucam tanto.
 Ao mesmo tempo, cuide de melhorar a auto-estima, para não ficar refém do comportamento do parceiro.
Existe um ponto em comum em todas as situações que despertam ciúme: o fato de não se ter controle sobre as ações e os pensamentos do outro; de não admitir que o outro é um ser individual, autônomo e que sua individualidade precisa ser respeitada. 
Estar com amigos, conhecer gente nova, presentear, receber elogios, ficar em silêncio e tantas outras situações não significam, necessariamente, que o amor ou a relação estejam em perigo.
Você tem sido consumido pelo ciúme da pessoa amada?
Se isso estiver ocorrendo, pare por um instante: analise o que você precisa desenvolver em sua vida para se sentir à altura dela. 
Procure respeitar a liberdade do outro e saiba que o amor não passa escritura definitiva. 
Temos de evoluir constantemente, para assim nos tornarmos sempre pessoas que despertam o amor do nosso amado.
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Texto do Livro Amar Pode dar Certo de Roberto Shinyashiki & Eliana Bittencourt Dumêt
Volte Sempre
Eu amo sua visita
Fique com Deus
Beijos em seu coração com cheirinho de Jasmim

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